Quando saímos do quintal, descobrimos o jardim....
Abre-se a clareira e desvela-se o horizonte.
Existem lugares impregnados de poesia. Lugares absolutos, onde Deus pensa em voz alta.
Gosto quando a vida não se traduz em palavras, pois é sem explicação que ouvimos o coração batendo. Sem controle que passamos a contemplar. O controle é a pressa de saber é a antecipação, que mina a miragem.
Devemos reverenciar o sublime, estimular a magia, andar rumo ao mistério para, enfim, arrefecer ao milagre, à entrega.
Apreender não só aprender. O que nos falta é o silêncio. O azul. O horizonte. Estamos sempre de braços dados com nossas limitações, atados às nossas fronteiras, enraizados aos nossos quereres. Pisamos todo dia no mesmo rastro. À risca. No compasso.
Trocar o refletor pela reflexão. Sem pressa se passa. Sem corda na borda.
Qual a medida de nosso desejo? Qual seria nosso ritmo se nos deixássemos ser levados e não devorados?
Procurar e não só encontrar. Ficar e não só passar. Ter paz e não só ser capaz.
Entregues às emoções desconcertantes, ao que nunca se viu antes, ao que está alí adiante e ao que já esteve antes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário