segunda-feira, 29 de agosto de 2011

MAPAS DA ALMA

"Os mapas da alma não têm fronteiras, e eu sou patriota de várias pátrias"
Eduardo Galeano

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

OLD WESTBURY


Westbury House foi a casa de campo de John Shaffer Phipps (1874-1958) e de sua mulher Margarita Grace Phipps (1876-1957). O Sr Phipps era filho de Henry Phipps (1876-1957), sócio da Cia. Carnegie Steel e célebre filantropo e financista americano. A casa e os jardins foram projetados pelo designer londrino George Abraham Crawley's  com a ajuda do arquiteto americano Grosvenor Atterbury e do escultor Derwent Wood, o resultado foi este cenário elegante desfrutado em Long Island, que fica a uma hora de Manhatan em Nova Iorque.


Depois do nascimento de seu primeiro filho Ben, em 1904, começou a construção da Westbury House. Em Março de 1907, John (Jay), Margarita (Dita), Ben, Hubert com 1 ano e a recém-nascida Peggie mudaram-se para lá. Em 1910, a família estava completa com o nascimento de Michael.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DESAPRENDER OS LIMITES...

"Não me deixe viver o que posso, que me seja permitido desaprender os limites"

 Fabrício Carpinejar

domingo, 7 de agosto de 2011

CAÍ NO MUNDO E NÃO SEI VOLTAR

O texto abaixo de autoria de Eduardo Galeano foi publicado no dia 6 de agosto de 2011 no site Pátria Latina. Veja no site outros textos da coluna de Eduardo Galeano.

CAÍ NO MUNDO E NÃO SEI VOLTAR
Eduardo Galeano

O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco…

Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas.

E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis!

Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso.

Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PONTOS DE VISTA

"Do ponto de vista da coruja, do morcego, do boêmio e do ladrão, o crepúsculo é a hora do café da manhã. A chuva é uma maldição para o turista e uma boa notícia para o camponês.

Do ponto de vista do nativo, pitoresco é o turista. Do ponto de vista dos índios das Ilhas do Mar do Caribe, Cristóvão Colombo, com seu chapéu de penas e sua capa de veludo encarnado, era um papagaio de dimensões nunca vistas. Do ponto de vista do sul, o verão do norte é inverno. Do ponto de vista de uma minhoca, um prato de espaguete é uma orgia. 

Onde os hindus veem uma vaca sagrada, outros veem um grande hamburger. Do ponto de vista de Hipócrates, Galeno, Maimônides e Paracelso, havia uma enfermidade no mundo chamada indigestão, mas não havia uma enfermidade chamada fome. Do ponto de vista de seus vizinhos no povoado de Cardona, o Toto Zaugg, que andava com a mesma roupa no verão e no inverno, era um homem admirável: -O Toto nunca tem frio-diziam. Ele não dizia nada. Frio ele tinha, o que não tinha era agasalho.

Do ponto de vista das estatísticas, se uma pessoa recebe mil dólares e outra não recebe nada, cada uma dessas duas pessoas aparece recebendo 500 dólares no cálculo da receita per capita. Do ponto de vista da luta contra a inflação, as medidas de ajuste são um bom remédio. Do ponto de vista de quem as padece, as medidas de ajuste multiplicam o cólera, o tifo, a tuberculose e outras maldições. Do ponto de vista do oriente do mundo, o dia do ocidente é noite. Na Índia, quem está de luto se veste de branco.

Na Europa antiga, o negro, cor da terra fértil, era a cor da vida, e o branco, cor dos ossos, era a cor da morte ." 

Eduardo Galeano em De Pernas Pro Ar


Viajar é imbatível pra quebrar, por vezes abrilhantar qualquer ponto de vista. Viaje mais e aprenda a se tornar tolerante. Aprenda a relativizar. Aprenda a saber-se. Vença uma nova língua. Cultue uma nova cultura. Traga o melhor, deixe seu melhor. Ande muito até se perder de vista. Traga lembranças e não só souvenirs. E enquanto seu corpo ainda não se nega a seguí-lo continue planejando, explorando, desbravando. Use outras chaves. Percorra outras paisagens. Durma em outras paragens. Não perca sua passagem. Aprenda com os avisos, sorria com novos sorrisos, tente saber novos sizos. Se importe menos com seus "issos" construa outros juízos. Desmonte suas estereotipias, abandone suas manias vista-se de alegrias, cubra-se de muitas magias, seja você o seu guia.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ÁRVORES INUSITADAS


As árvores são poemas dignos de admiração. Em Los Angeles nos deparamos com estas cujas raízes pareciam expostas, verdadeiros monumentos brotados ao longo do asfalto...

"Óh Senhor da Vida, rega de chuva as minhas raízes."- Gerard M. Hopkins


Em Santa Mônica esta única árvore, de tronco seco, parecia querer voltar ao chão e renascer, múltipla, tenaz, persistente em existir.

"Ame o lugar a qual você conheceu seres eternos"- Eduardo Galeano.