sexta-feira, 20 de maio de 2011

A ARTE DE VIAJAR

"Ruskin ficava consternado com a raridade com que as pessoas percebiam detalhes. Ele lamentava a cegueira e a pressa dos turistas modernos, especialmente os que se gabavam de ter coberto a Europa em uma semana de trem (serviço oferecido pela primeira vez por Thomas Cook, em 1862): ´ Nenhuma mudança de um lugar para outro a cem quilômetros por hora irá nos deixar mais fortes, mais felizes ou mais sábios. Sempre houve mais no mundo do que os homens conseguiam ver, por mais devagar que andassem. E não enxergarão nem um pouco melhor em alta velocidade. Os aspectos realmente preciosos são o pensamento e a visão, não a velocidade. À bala de nada adianta ser veloz; e a um homem, se ele for um homem de verdade, não prejudica em nada ir devagar, pois sua glória não está de modo algum em ir, mas em ser.`"
                     
Alain de Botton

Um comentário:

Rachel Marques Ferreira disse...

cada dia descobrimos mais uma coisa em comum hein Ana? também amo o Alain de Botton, ele é genial!